https://public.tableau.com/app/profile/bireme/viz/constelacao-familiar-pt/evidence-map
A Constelação Familiar e Sistêmica é uma abordagem terapêutica desenvolvida na década de 1980 com o objetivo de compreender e resolver dinâmicas relacionais, especialmente no contexto familiar. A partir de uma ampla revisão bibliográfica e seleção criteriosa, foram incluídos 16 artigos publicados entre 2009 e 2024, sendo 13 estudos com dados primários (ensaios clínicos e relatos de casos) e três revisões sistemáticas. Principais Achados Os ensaios clínicos analisados (n=6) demonstraram efeitos positivos na saúde mental, com melhora no bem-estar psicológico, na dimensão mental e nas relações sociais, além de redução em sintomas como ansiedade e ideação paranoide. Além disso, alguns estudos indicaram efeitos potencialmente positivos em sintomas físicos e psicossomáticos, incluindo dermatopatias, bem-estar psíquico e social, intuição e mudanças no comportamento emocional. No entanto, os resultados foram inconclusivos para desfechos relacionados à psicopatologia geral, risco de transtorno alimentar e gravidade de adicção. Implicações para a Prática e Pesquisa Os achados sugerem que a Constelação Familiar pode trazer benefícios principalmente para a saúde mental, reforçando seu potencial como abordagem terapêutica complementar. Contudo, a baixa confiabilidade das evidências disponíveis destaca a necessidade de estudos mais robustos para confirmar esses efeitos e compreender melhor seus mecanismos de ação. Para a prática clínica, a abordagem pode ser considerada como uma estratégia complementar, mas deve ser aplicada com cautela e integrada a outros métodos terapêuticos baseados em evidências. Já para a pesquisa, recomenda-se a realização de ensaios clínicos bem delineados, com amostras maiores e metodologias rigorosas, a fim de criar uma base de evidências sobre a segurança e eficácia da CF para desfechos de saúde.
Author(s): Ricardo Ghelman, coordenação geral, Vânia Meira e Siqueira Campos, coordenação temática, Mariana Cabral Schveitzer, coordenação metodológica, Caio Fábio S. Portella, coordenação técnica Originator(s): CABSIN, BIREME/OPAS/OMS